
27/01/2022 Programa Sanear Comunidades chega a Itaocaia Valley

Assim como milhares de outras famílias, as que moram na Rua Peri, na localidade de Itaocaia Valley, em Itaipuaçu, também passam pelo drama da falta de água e esgotamento sanitário. Morando a mais de 30 anos no bairro, dona Maria Madalena da Silva, de 77 anos, relata que o poço de sua casa secou a alguns anos e que é difícil comprar água e que o local também não possui rede de esgoto.
“Fiquei viúva a 3 anos e desde então ficou pior. Até tenho reservatório, mas a água está muito cara. Esgoto também não tem”, disse.
Para atender moradores nessa situação de vulnerabilidade, a Companhia de Saneamento de Maricá (Sanemar) criou o Programa Sanear Comunidades, que se divide em dois projetos, o SANEAR + ÁGUA e o SANEAR + ESGOTO e na noite dessa quarta-feira (26/01), o programa foi apresentado a dona Maria Madalena e a outras vinte famílias vizinhas dela, na quadra da Escola Municipal Rita Cartaxo.
Os diretores de Obras Diretas Gleudes Praxedes e, de Projetos Socioambiental Horácio Figueiredo explicaram o funcionamento dos programas e tiraram dúvidas dos moradores.
“No primeiro momento, a ideia é canalizar a rede de esgoto da rua colocando o sistema de fossa, filtro e sumidouro. Esse é o projeto SANEAR + ESGOTO e, posteriormente, construir uma Estação de Tratamento compacta na região”, falou Gleudes.
Quanto a água será realizado também de forma emergencial o abastecimento dos reservatórios das casas por meio de caminhão pipa através do projeto SANEAR + ÁGUA.
“Embora não seja responsabilidade da Sanemar a questão da água, a Companhia entende as necessidades da população mais carente. Hoje esse trabalho é da Concessionária Águas do Rio. O projeto SANEAR + ÁGUA é apenas para tornar mais célere a chegada da água até os moradores, mas o ideal é que tenham água encanada em casa. Estamos finalizando parte do projeto na comunidade do Spar e a previsão é que a nossa equipe entre aqui em Itaocaia já em fevereiro”, falou Horácio.
Moradora do bairro a 7 anos, Mônica Saionara Santiago, de 39 anos, disse que fica feliz em saber que o poder público está vendo os moradores. “Só queremos ser enxergados enquanto cidadãos e essa reunião aqui provou que estão nos vendo. Sei que o projeto é para sanar um problema rapidamente, mas estou muito feliz. Moro com meu marido e dois filhos e nesse calor não temos condição de comprar água a todo momento. Está difícil pra todo mundo”, concluiu Mônica.